terça-feira, 30 de novembro de 2010

tema? Ócio!

Pobre homem implora ao ócio:
- Cai fora, meu caro,
Passe longe que te expurgo,
Vai direto pro inferno.

Só, sem beiras que te aquecem,
Nem eiras que lhe sustentam,
De joelhos ainda implora:
- Vai-te embora, desgraçado.

Sem veneno que o espante,
Sem remédio que o cure,
O homem não vê outra saída:
- Acabo-me então com minha vida.

Sai em busca de uma corda,
Encontra no mercado sua despedida,
Vê naquele rosto sua história,
E termina então toda sua glória.

Com corda no lustre e laço na goela,
Pensa uma vez mais em sua sina,
Sem escapatória, agora só ócio,
Amarga-te a boca e mete logo o pé na quina.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ócio

Cidade ócio
Molas-quebra
Latas-vira
Tudo pra qubrar rotina.
Lamas-para locomover.
Negro-quadro
Saias-mini
Quanto ócio, imagine!
Mole-maria
Chuva-guarda
Todos sem atenção, mas de farda.
Essa cidade meio cinza meio verde.
Deste lado, está a pinga
Deste lado, pra parede acordo,
Nessa cidade que o mofo nunca sara.