Pobre caixa que custa ser gente,
que pede socorro a cada um que lhe passa
e nem nos olhos o olha.
Que coitado!
Sofre calado,
sem direito a palavra ou mérito...
ou abono.
Pobre deste que enlouquece no fim do dia
com tantas contas.
E conta, conta e conta!
É ele que se suja
de mil porcarias que podem existir,
ao passar por ele o papel.
É ele que se suja e ainda atura:
Atura egos, classes, humores.
E cheiros e condições.
E muito por ele passa,
do papel à gente.
Mas só passa
e nada o pertence.
Ah! Pobre caixa!
Sofre, sofre, conta e sofre!
terça-feira, 18 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Caixa !
Caixa de música, de agulha
Caixa de pano e algazarra
Faz bem será
Esconder toda essa farra?
Caixa que rasga e emenda
Que leva toda a encomenda
Que prende o pássaro do ar
Que está louco pra voar
Caixa que tudo encaixa
Que tapa e esconde
E guarda a mais bela faixa
Que do alambique carrega toda a cachaça
Não leva choro e nem sorriso
E nada é de graça
Caixa que tudo encaixa
Assim é a vida
Alta e baixa
Caixa de pano e algazarra
Faz bem será
Esconder toda essa farra?
Caixa que rasga e emenda
Que leva toda a encomenda
Que prende o pássaro do ar
Que está louco pra voar
Caixa que tudo encaixa
Que tapa e esconde
E guarda a mais bela faixa
Que do alambique carrega toda a cachaça
Não leva choro e nem sorriso
E nada é de graça
Caixa que tudo encaixa
Assim é a vida
Alta e baixa
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